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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Os indignados que não ficam contentes com nada.




Ontem por todo lado se comentavam nos meios noticiosos o desaparecimento de um surfista do Porto, o apelo da companheira para o encontrarem fez com que fosse criado um grupo no Facebook que chegou aos 24.000 membros.
As notícias sobre o caso eram logo alarmantes pois pareciam centrar-se mais no facto de se terem mobilizado 24.000 pessoas num grupo do Facebook em apenas 18h do que no desaparecimento do homem.

O homem foi encontrado e em vez de as 24.000 pessoas ficarem contentes com o seu aparecimento o que acontece? Ficam indignadas porque não lhe transmitem detalhes sórdidos da história.
Há mesmo alguém que diz que ele tem obrigação de prestar esclarecimentos aos “internautas e leitores e fãs”. Fãs? Mas agora o homem tem fãs?
Não é de estranhar esta sede de notícias, de detalhes e exigências sobre o que afinal terá acontecido, porque afinal ele tem de saciar a curiosidade dos fãs sob pena de os perder.
A quantidade de teorias sobre o sucedido é incrível, mas o que me choca mesmo é o fato de as pessoas sem saberem de detalhe nenhum acusarem-no de irresponsável, inventarem problemas conjugais, suporem uma depressão, uma fuga com um homossexual e um sem fim de outros motivos para o seu desaparecimento.
Os comentários às notícias têm tanto de cómico como de triste.
Não entendo esta sede escárnio e morbidez, aposto que se fosse encontrado morto ou moribundo já ninguém queria saber dos motivos do desaparecimento.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Espelho dos nossos dias #2




Estas são as fotos das principais agressoras e do agredido do vídeo que circula na Internet e que deixa atónita qualquer pessoa com um mínimo de sentimentos e decência.
A minha primeira reação foi querer partir a cara às duas miúdas e a todos os que assistiam, a segunda criticar os seus pais e a terceira criticar a juventude em geral.
Mas depois de refletir um pouco e lembrar-me dos meus tempos de escola, as coisas na minha altura não eram muito diferentes, havia muita violência psicológica e física, haviam grupos que agrediam grupos e havia mesmo grupos que se juntavam para agredir determinada pessoa só porque a coitada tinha vestido a cor errada naquele dia.
Mas existem grandes diferenças entre os adolescentes de hoje e os adolescentes de há 20 anos atrás: os de hoje o que têm a mais de tecnologia têm a menos de personalidade e têm muito menos receio de serem punidos.
A tecnologia permite-nos ver a forma como interagem pois a sua vaidade e o acesso fácil a camaras de filmar faz com vídeos como este sejam divulgados o que não acontecia há 20 anos.
Por outro lado, acho que os adolescentes têm falta de personalidade, a pressão constante para pertencer a este ou àquele grupo e para se sentirem integrados faz com que se moldem pelos pares, se coibam de ter pensamento próprio e a dizer sim mesmo quando não concordam, na minha altura ser-se diferente e não se ralar com o que os outros pensavam era o que fazia ser-se fixe, havia mesmo quem fosse alternativo só porque era giro ser diferente.
Sempre existiram os “Maria vai com todos”, as modas e o efeito manada que levava muita gente a cometer atos irrefletidos só porque sim.
A grande diferença na minha opinião reside na falta de penalização e desculpabilização das crianças e dos adolescentes, os pais colocam-nos numa redoma de vidro e mesmo quando fazem barbaridades ninguém pode punir os seus filhos a não serem eles, curiosamente são os pais que dizem isto aqueles que menos punem.
Há 20 anos atrás os auxiliares educativos e professores imponham respeito e eram respeitados, davam dois berros, ameaçavam e davam até um apertão ou um estalo se fosse preciso para manterem a ordem. Se é pela violência que se deve educar? Acho que não, mas o paradoxo reside aqui – Como é que filhos de uma educação não violenta se tornam tão violentos?

Obviamente alguma coisa está mal na educação deste país, se há remédio? Eu gostava muito que tivéssemos mentalidade e cultura suficiente para educarmos crianças sem lhes dar uma palmada, palmadas essas proibidas por lei, mas o que é certo é que não temos.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Nail art ou parolice?





Dizia ontem uma amiga que hoje o que dá dinheiro são as unhas e as tascas.
Se as tascas sempre deram e sempre darão dinheiro, partindo do princípio que toda a gente gosta de um bom petisco e quase toda a gente de um bom vinho. As unhas ou mais propriamente o cuidado das unhas nem sempre foi assim.
As mulheres sempre tiveram atenção às unhas, um verniz rosa ou nude, a delicada manicure francesa ou as clássicas unhas vermelhas ficam bem a toda a gente e raramente nos deixam ficar mal. Mas atualmente nunca se investiu tanto em unhas e o que era um cuidado básico passou a ser arte ou então não.
Ora vamos por partes:
- Não é bonito andar com unhas de 5cm de espessura porque imagine-se topa-se a léguas que aquilo não são unhas naturais. Camadas e camadas e gel não fazem umas unhas bonitas.
- Não é bonito andar com as unhas pintadas e ter 2cm de unha por pintar porque entretanto as unhas cresceram e arrastaram o gel e ainda não houve tempo ou dinheiro para fazer a manutenção.
- Não é bonito andar com laços, coroas, bonecos

- Não é bonito andar com laços, coroas, Hello Kitties,  Minis e outros acessórios fofinhos e coloridos nas unhas, especialmente se temos mais de 16 anos, um brilhante ainda se perdoa mais do isso é pimba.
acessórios fofinhos e coloridos nas unhas, especialmente se temos mais de 16 anos, um brilhante ainda se perdoa mais do isso é pimba.

- Não é bonito andar com uma unha que têm de 6 cores diferentes, dois tons, devidamente conjugados e discretos ainda vá, mais do que isso é basicamente andar com o arco-íris nas mãos.
- O verniz gel, gelinho é uma invenção gira e querida, quando usado como se usa um verniz normal, uma cor, duas no máximo, com moderação, só porque não são unhas de gel não significa que se possa colocar um desenho diferente em cada unha, a parolice é a mesma.
- Manicure francesa só mesmo em unhas naturais, esqueçam as unhas de gel e mesmo o verniz gel, se não têm unhas que permitam usa-la optem por uma manicure simples num tom nude ou o eterno vermelho.
Eu sei que existe aí muito boa gente que ganha muito bom dinheiro com isto, mas unhas às cores carregadas de brilhos, acessórios dourados e prateados não é elegante e não é arte, é parolice pegada para além de dar mau ar. Nem o melhor outfit sobrevive a um nail art.