Eu quero férias e terei férias. Mas a questão prende-se com
o que farei com elas.
Todos os anos marcar férias é uma aventura para mim e para o
meu marido já que para resumir ele pode tirar férias quando eu não posso e eu
posso tirar férias quando ele não pode.
Assim todos os anos é necessário andar com paninhos mansos e
com mil explicações (completamente desnecessárias) para conseguirmos tirar
férias juntos, especialmente o período mais longo que costumam ser duas
semanas.
O que acontece é que na maioria das vezes as férias são
aprovadas apenas umas semanas do seu início o que causa imensa ansiedade e
chatices.
Em primeiro lugar planear férias à nossa medida é quase
impossível, para isso é necessário ter a confirmação das datas pelo menos com 3
meses de antecedência para ver preços de hotéis e acompanhar a evolução dos
preços dos voos.
Em segundo lugar se não conseguimos planear a viagem também
não podemos reservar nada nas vendas antecipadas ou nas feiras de viagens.
Em terceiro lugar a consequência dos dois primeiros factos é
que ficamos dependentes das viagens de última hora.
Até este ano tudo bem, tenho conseguido sempre desencantar
uma boa promoção.
O problema este ano é que meti os pés pelas mãos e fiz mal
as contas com o passaporte, e mesmo quando decidimos ir tira-lo devia ter
optado por pagar a taxa de urgência de pedir para o ter 2 dias depois, mas não,
arriscamos tudo e temos esperar 5 dias úteis, a correr tudo bem, para ter o
passaporte nas mãos.
Até lá não posso reservar nada sem certeza que o terei até
ao dia da viagem, mas pior do que isso são os vistos, alguns destinos exigem
vistos que necessitam de ser pedidos com uma antecedência mínima.
Basicamente estou tramada, sim eu sei que posso ir para um
destino sem passaporte mas isso também implica ter tirado o passaporte em vão,
já que ele só dura 4 anos e meio e eu normalmente só faço uma viagem por ano,
ou seja, bem que o podia ter tirado em 2016!
Moral da história vai ser sofrer até à última hora!