quinta-feira, 19 de março de 2015

Sobre a "A vida também se constrói"



Quando se lê o título da crónica até parece que vamos ler uma coisa realmente interessante e útil.
E tirando a parte em que se enaltece e depois se contradiz se espremêssemos bem, mas muito bem a crónica ainda se poderia aproveitar qualquer coisinha, podíamos se o autor não tivesse tido a infeliz ideia de pegar na vida de Marta Leite e Castro para exemplificar a sua opinião.
Ora a opinião do Sr. sobre a forma como atingimos a felicidade e sobre como devemos conduzir a nossa vida amorosa para tal é retrograda, é muito retrograda e redutora já que assume que todos procuramos e queremos o mesmo.
E se por um lado o ser humano é um ser social que tem predestinação genética para procurar um parceiro para acasalar, viver uma relação monogâmica (aqui existem dúvidas, ninguém consegue dizer se os nossos antepassados eram monogâmicos e muito menos se tinham um só parceiro durante a vida) e prolongar a espécie humana, por outro lado somos seres racionais e emocionais que colocamos muitas vezes (quase sempre) à frente da sobrevivência da espécie a nossa felicidade. Que malucos que nos somos!
Depois existem duas ideias muitos interessantes ainda:
- As mulheres enquanto jovens devem ter várias experiências, não precisam de ser sexuais, pelos vistos uns beijos e uns amassos são suficientes, para que saibam escolher em consciência o seu parceiro, isto não é uma coisa emocional, é uma coisa mesmo genética e física pelos vistos o nosso organismo através do nosso subconsciente escolhe genes nós é que não nos apercebemos disso.
- A maioria dos homens não assenta com a primeira namorada que encontra, acontece mas é muito raro e quando acontece é porque tiveram em casa uma educação primorosa por parte da mãe. Pois mesmo que fossem capazes de morrer por essa mulher a maioria dos homens não consegue conceber que vai embarcar num casamento para a vida e que só vai conhecer uma mulher durante toda a vida. Porque é sempre bom ter experiencias para partilhar com os amigos e quem tem mais mulheres é que é o maior.
Ora com estes dois conceitos é praticamente impossível que as pessoas assentem à primeira ou à segunda, ou até à terceira vez, em Portugal temos praticamente o mesmo número de mulheres e homens por isso é quase certo que a vossa santa mulher foi a experiência de alguém e que o vosso santo marido foi a experiência de outra mulher.
É também curioso que são as mais puritanas e mais críticas das amigas que na adolescência namoriscavam aqui e ali às vezes sem grande envolvimento e sem consequências, são as que depois mais tarde suspiram com livros como as 50 Sombras de Grey e que se reúnem em jantares no dia da Mulher para assistirem aos berros a sessões de strip e que fazem autenticas maluqueiras nas despedidas de solteira, especialmente as da mala vermelha.
O mundo era bem melhor se as mulheres se defendem-se a elas próprias e educassem os seus filhos para respeitarem as mulheres.

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