Quando se lê o título da crónica até parece que vamos ler
uma coisa realmente interessante e útil.
E tirando a parte em que se enaltece e depois se contradiz se
espremêssemos bem, mas muito bem a crónica ainda se poderia aproveitar qualquer
coisinha, podíamos se o autor não tivesse tido a infeliz ideia de pegar na vida
de Marta Leite e Castro para exemplificar a sua opinião.
Ora a opinião do Sr. sobre a forma como atingimos a
felicidade e sobre como devemos conduzir a nossa vida amorosa para tal é retrograda,
é muito retrograda e redutora já que assume que todos procuramos e queremos o
mesmo.
E se por um lado o ser humano é um ser social que tem predestinação
genética para procurar um parceiro para acasalar, viver uma relação monogâmica
(aqui existem dúvidas, ninguém consegue dizer se os nossos antepassados eram monogâmicos
e muito menos se tinham um só parceiro durante a vida) e prolongar a espécie humana,
por outro lado somos seres racionais e emocionais que colocamos muitas vezes
(quase sempre) à frente da sobrevivência da espécie a nossa felicidade. Que
malucos que nos somos!
Depois existem duas ideias muitos interessantes ainda:
- As mulheres enquanto jovens devem ter várias experiências,
não precisam de ser sexuais, pelos vistos uns beijos e uns amassos são
suficientes, para que saibam escolher em consciência o seu parceiro, isto não é
uma coisa emocional, é uma coisa mesmo genética e física pelos vistos o nosso
organismo através do nosso subconsciente escolhe genes nós é que não nos
apercebemos disso.
- A maioria dos homens não assenta com a primeira namorada
que encontra, acontece mas é muito raro e quando acontece é porque tiveram em
casa uma educação primorosa por parte da mãe. Pois mesmo que fossem capazes de
morrer por essa mulher a maioria dos homens não consegue conceber que vai
embarcar num casamento para a vida e que só vai conhecer uma mulher durante
toda a vida. Porque é sempre bom ter experiencias para partilhar com os amigos
e quem tem mais mulheres é que é o maior.
Ora com estes dois conceitos é praticamente impossível que
as pessoas assentem à primeira ou à segunda, ou até à terceira vez, em Portugal
temos praticamente o mesmo número de mulheres e homens por isso é quase certo
que a vossa santa mulher foi a experiência de alguém e que o vosso santo marido
foi a experiência de outra mulher.
É também curioso que são as mais puritanas e mais críticas
das amigas que na adolescência namoriscavam aqui e ali às vezes sem grande
envolvimento e sem consequências, são as que depois mais tarde suspiram com
livros como as 50 Sombras de Grey e que se reúnem em jantares no dia da Mulher
para assistirem aos berros a sessões de strip e que fazem autenticas
maluqueiras nas despedidas de solteira, especialmente as da mala vermelha.
O mundo era bem melhor se as mulheres se defendem-se a elas
próprias e educassem os seus filhos para respeitarem as mulheres.
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