terça-feira, 2 de junho de 2015

A morte, essa coisa mal-educada...



A morte, essa coisa mal-educada...
Que chega sem ser convidada.
Não bate à porta! Não avisa!
Entra e instala-se.
Ocupa um espaço gigantesco
e tudo passa a girar à sua volta.
Não há coisa mais egocêntrica,
todas atenções recaem sobre ela.
E é vão o nosso esforço…
Nada a fazer se não conviver com a maldita.
Não escolhe dias, nem idades,
simplesmente aparece e permanece,
sem opção, escolha ou preferência,
e assim reside na nossas vidas.
Vida que nos fluiu pelas mãos,
cuja única certeza é a morte,
que um dia sem aviso ou notícia
baterá também à nossa porta.

Por mais que pensemos que estamos preparados, nunca ninguém está preparado para receber uma notícia de falecimento de um ente querido.
Mesmo sendo alguém idoso, mesmo estando em sofrimento, o nosso egoísmo faz-nos querer tê-los sempre junto a nós por mais uns dias, meses, anos.
Não foi uma morte prematura, não foi que os sinais não estivessem lá, mas custa sempre pensar que nunca mais vamos ver e tocar naquela pessoa.
Ficam as memórias no pensamento e os sorrisos e os bons momentos trancados no coração.
Os meus avós já partiram todos, custou-me muito aceitar isso, agora tenho de me preparar para a partida dos avós do meu marido.
Hoje partiu a avó paterna do MQT e ficou um vazio nas nossas vidas. Os meus filhos nunca conhecerão a bisa e isso deixa-me triste.
É nestas alturas que desejava já ter filhos e já crescidos o suficiente para terem memórias desta bisa e de outras pessoas que iriam preencher e enriquecer as suas vidas.

Beijinho grande Amor.
Sabes que estou sempre aqui para ti.
Ate já avó Linda.

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