Este fim-de-semana começou logo mal com o anúncio de 3 dias
cinzentos que limitam logo as nossas opções, mas como estava a precisar de
descanso pensei que podia aproveitar para por os filmes em dia e curtir o sofá.
Os três dias acabaram por ser mais cinzentos do que
esperava, mas serviram para a reflexão e para tirar algumas conclusões que no
fundo todos nós sabemos só que facilmente nos esquecemos:
- A vida tem tanto de preciosa como de frágil.
- A nossa felicidade está nas coisas simples, é imperativo
que as aproveitemos e que tenhamos consciência delas.
- Nunca deixem nada por dizer a quem amam, abram o vosso
coração com as pessoas que vos estimam, irão sentir-se infinitamente bem.
- Esclareçam os mal-entendidos, às vezes supomos que as
outras pessoas estão chateadas connosco, muitas vezes estamos de pé atrás com o
mundo e não percebemos que somos nós que estamos a ver coisas que não existem e
a fazer suposições sem sentido.
- Eliminem das vossas vidas pessoas tóxicas e sanguessugas,
por mais que gostemos de algumas pessoas e lhes queiramos bem parece que elas nos
fazem mal, têm sempre qualquer coisa maldosa a dizer, são inconvenientes e
deixam-nos tristes, depois temos aquelas pessoas que nos sugam a vitalidade, em
que depositamos esperança mas que só se lembram de nós quando estão mal, são pessimistas,
derrotistas e pesarosas, retiram-nos a força a anímica e parecem sorver-nos os
sonhos para os deslaçarem com o seu pessimismo.
Os três dias passaram a correr, soturnos e cinzentos, mas
não foram roubados ao calendário, foram dias de reflexão, compaixão e
compadecimento.
Não tenho estofo para perdas, mesmo que não sejam minhas,
tomo-as como minhas, coloco-me no lugar de quem perde, recordo as minhas perdas
e desfaço-me em lágrimas.
Às vezes gostava de ser mais fria, mais inabalável, é difícil
ter lágrimas fáceis, são facilmente confundidas com mimo, chantagem e
fragilidade quando na verdade são apenas uma forma de expressão, de libertação.
Não é fácil chorar assim facilmente sem controlo, mas depois
penso que se houver um dia que as lágrimas me sequem, o meu coração estará duro
como pedra e frio como o gelo, e não haverá calor que o amoleça e o derreta.
Ótimas reflexões! Este fim de semana como estive sem o meu A. também foi um pouco assim, estou tão habituada a ele que sem ele parece que não tenho nada de jeito para fazer a não ser trabalhar e refletir!
ResponderEliminarSou igual a ti nisto "Não tenho estofo para perdas, mesmo que não sejam minhas, tomo-as como minhas, coloco-me no lugar de quem perde, recordo as minhas perdas e desfaço-me em lágrimas.
Às vezes gostava de ser mais fria, mais inabalável, é difícil ter lágrimas fáceis, são facilmente confundidas com mimo, chantagem e fragilidade quando na verdade são apenas uma forma de expressão, de libertação.
Não é fácil chorar assim facilmente sem controlo, mas depois penso que se houver um dia que as lágrimas me sequem, o meu coração estará duro como pedra e frio como o gelo, e não haverá calor que o amoleça e o derreta.", mas sabes que mais gosto de ser assim!